Formas e Cores, para
incentivar a criatividade e o planejamento de recursos, lição que desafia como
usar o nosso próprio tempo.
É difícil explicar com palavras tudo
o que se passa em uma sala de aula durante o jogo e após o jogo. O que fica bem
claro em cada aula é que realmente não são aulas de jogos mas aulas com jogos.
Em cada jogo novo, na hora de
mostrar tem conceitos novos, tabuleiro diferente, peças “estranhas”, “esquisitas”,
“várias maneiras de juntar quadradinhos”. No caso, tais palavras para descrever
as peças surgiram do jogo Formas e Cores.
Para descrever o tabuleiro: “22
quadradinhos na horizontal, 22 na vertical, nossa 484 quadradinhos!”
E as regras do jogo? Vértice com
vértice. Nunca lado com lado. Só vivenciando o jogo para perceber os conceitos matemáticos existentes. Conceitos
aprendidos para entender o jogo, o que já torna os conceitos práticos e fáceis.
Mas na verdade, o jogo Formas e
Cores faz parte de uma lição importante: PLANEJAMENTO DE RECURSOS.
Toda a sugestão do livro do
professor é válida, mas sempre tem o assunto que mais empolga uma turma. A
turma da manhã levou o assunto direto para a boa energia, para o desperdício do
material escolar, aproveitamento do lixo e consumo.
A turma da tarde levantou uma polêmica com o
recurso TEMPO.
Polêmica porque entre os alunos o que é
desperdício de tempo para uns, não é para outros. Como professora, com conceitos já “claros”,
que escola é onde vamos estudar “ coisas” de escola, concordei com o grupo que
citou o “desperdício” de tempo quando dois alunos brigam e temos que parar a
aula para acalmar o ânimo, quando na volta do recreio entram ainda brincando e
lá se vai mais uns minutos da aula, quando na volta da merenda alguém inventa
uma brincadeira e perdemos tempo mais uma vez, e assim fui concordando. Porém o outro grupo, com todo direito,
lembrou que são pessoas, convivendo com outros, e que “ conviver” também deveria ser “coisa” de escola. Que esta
de brincar em casa, jogar futebol de manhã, trocar figurinha nas horas livres,
não cola, porque no turno que não estão na escola, não estão com os colegas.
Concluímos que para aproveitar
melhor o tempo precisamos gerenciar melhor nosso tempo na escola, de maneira
que possamos aprender todos os conteúdos e ao mesmo tempo estreitar os laços.
Ficou assim:
Na volta da merenda, nada de brincadeira.
Na volta do recreio, todos sentam, e faremos uma conversa
coletiva de dez minutos, em contra partida se comprometeram de refazer alguns
exercícios de estudo individualmente em casa (disseram eles que posso planejar
que vai ser realizado).
Na aula de Educação Física, que é toda dirigida, poderemos
ficar nos últimos vinte minutos trocando figurinhas, conversando e brincando! (Oh! Céus!)
E assim vamos tentar.
Voltando para o jogo, foi
interessante que as estratégias foram antecipadas, em cada grupo de jogadores
tinha um aluno que pensava em como expandir o “território”, como se livrar logo
das peças grandes e complexas, em como bloquear a expansão do outro.
Não foi a primeira vez que trabalhei
com este jogo, mas cada turma de alunos é única, e mais uma vez velhos
conceitos se renovam.
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